Redes Livres – oficina de provedores comunitários
Oficina realizada no Festival Latino Americano de Instalação de Software Livre (FLISOL 2013) de Guarulhos e Alto Tietê.
Marcelo Saldanha, diretor de tecnologia e comunicação do OCSP – Observatório de controle do Setor Público de Campos dos Goytacazes-RJ, presidente do Instituto Bem Estar Brasil, onde são desenvolvidas atividades em prol da universalização da banda larga com gestão participativa das redes, promovendo empoderamento popular através das TICs, além de inclusão digital em parcerias com universidades públicas da região. O projeto principal do Instituto está nas Comunidades Digitais, onde são instalados telecentros e provedores comunitários de forma que os cidadãos possam usar as redes para educação, cultura, capacitação e mobilizações virtuais em prol do desenvolvimento local.A oficina
Saldanha apresentou que os custos de um provedor comunitário seria inferior aos custos de provedores piradas, sendo portanto uma boa opção para o consumidor final. O custo dos equipamentos, para uma rede de até 20 usuários estaria em torno de R$ 2 mil. Esses provedores comunitários seriam capazes de garantir conexões com qualidade diferente do tráfego de apenas 20% garantido pelas Teles. Um interessante dado apresentado, de que segundo os critérios da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), qualquer conexão acima de 64kpbs pode ser considerada banda larga, aumentando os números que afirmam crescimento da banda larga no país. Na prática, até mesmo celulares de conexão EDGE são consideradas de banda larga. (Para testar sua conexão acesse http://simet.nic.br/)
Enquanto é aguardada a deliberação da consulta pública 52, que permitirá a existência definitiva de provedores comunitários, muitos optam pela criação de empresas sem fins lucrativos, que a depender do estatuto poderão cobrar taxas de manutenção da entidade e de seus benefícios. A internet aqui, não aparece como um produto ou serviço segundo o Código de Defesa do Consumidor, mas sim, como um benefício aos associados.(Saldanha).
No canal de youtube de Saldanha encontramos alguns vídeos, incluindo um sobre infraestrutura e gerência de redes para servidores comunitários. Outo interessante vídeo é um organograma da metodologia adotada para constituição de cidades digitais.
Segundo o organograma, identificar comunidades interessadas e a mobilização de lideranças (principalmente associações de bairro), são fundamentais para a implantação das atividades segundo proposições de audiências comunitárias. Aparece também a importância da comunidade gestora e um plano de captação de recursos, onde é sugerida a parceria com o poder público. Por fim seria preciso a associação de usuários para o uso da conexão.