Manifestação Dia Nacional de Lutas
Para quem chegou tarde e pegou o ato do dia 11, organizado pelas centrais sindicais, já no momento de sua dispersão o que marcou foi ver o sem número de bandeiras, camisetas e balões que invadiu as ruas. Ouvi entre os manifestantes: “esse ato tem bandeira e partido!”. Depois das manifestações de junho, em que tanto se falou (e se coibiu) a presença dos partidos, esse foi o momento para esses grupos se mostrarem.
Se em junho as manifestações evoluíram num processo que juntou, além dos grupos que deram início à luta, como o MPL e partidos de esquerda como PSOL e PSTU, uma diversidade enorme de indivíduos, a diversidade da manifestação do dia 11 revelou-se na reunião de coletivos. Se, inicialmente, as afinidades ali eram maiores, visualmente, foi difícil identificar uma confluência. Os grupos passavam em bloco e erguendo suas próprias bandeiras. Dessa forma, não era claro perceber em que dialogavam. Os carros de som disputaram ouvidos e acentuaram essa impressão.
Por fim, a fluidez da caminhada e os comerciantes em meio aos manifestantes revelaram uma dinâmica diferente do que ocorreu em junho. Ali tudo era mais tranquilo. A adesão também foi menor.